Oppenheimer (2023)
Texto salvo da conta Substack, que criei em julho 2023 e apaguei em dezembro 2023, através de um post incompleto no Facebook . --- “Oppenheimer” (2023) não é o típico filme de Christopher Nolan, alguém habituado a transformar a realidade — espaço/tempo — por meio de todas as formas audiovisuais que o cinema permite. Tendo aceite o espartilho realista que a biografia de uma pessoa obriga, Nolan sentiu-se obrigado a seguir factos e cronologia. Diga-se que a vida de quem se fala, ligada às grandes abstrações da Física, nomeadamente as suas particularidades quânticas, teria permitido toda a abordagem nolaniana — por várias vezes vemos inserções de referências que poderiam ter servido Nolan, tais como T.S. Eliot, Picasso, ou o próprio Einstein — mas o tom do livro em que se baseou— “American Prometheus: The Triumph and Tragedy of J. Robert Oppenheimer” (2005) de Martin Sherwin e Kai Bird —, não se coadunaria com experimentalismos narrativos. Com isto, não estou a dizer que Nolan ...